quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

exagero

não quero mais do mesmo
quero o impossível
o indizíviel
invisível
queimar o gelo
esfriar o fogo
voar sem asas
amar sem mágoas
sorrisos sem fim
me perder de mim
mergulhar bem fundo
e não perder o fôlego
sonhar, sonhar, sonhar
um sonho tão bom
de não querer acordar
guardar tudo
numa caixinha
porque o exagero
não é desespero
e cabe em qualquer lugar
quando de verdade
sem maldade
de desejo quer brincar