terça-feira, 17 de julho de 2012

fuga

eu fugi de casa
sem abrir a porta
mergulhei n'outro mundo
pra esquecer o meu
passei então
a não ser
e sim,  estar
morei no vazio
não queria nada
aceitava tudo
como um fantoche
o choro era falso
o sorriso também
nua de alma
estranhamente confortável
vaguei por muito tempo
nesse doce nada
foi então
que a tempestade chegou
despertou meu ser
agora ando por aí
choro por qualquer coisa
dou muita risada
reconstruo  meu mundo
mesmo que a porta
ainda esteja fechada