quinta-feira, 21 de julho de 2011

À Deriva

Tudo parece tão pequeno diante desse universo de possibilidades.
Eu, você, seu vizinho, o empacotador de supermercado, seu colega de trabalho.
Cada um com suas histórias de vida, seus sonhos, suas perdas, suas escolhas certas ou erradas....
Chegamos a pensar que comandamos tudo, decidimos tudo, controlamos tudo.
Porém existe algo maior que rege a sinfonia da vida.
Fazemos escolhas importantes certamente, lutamos todos os dias pela nossa sobrevivência, traçamos planos, estudamos, vamos à Igreja, praticamos o bem, somos politicamente corretos, respeitamos o próximo, não cruzamos o sinal vermelho...
Mas e daí??
Vem alguém e destrói tudo.
Uma tempestade e leva embora tudo que você construiu.
Um fato inesperado e arrasa com seus sonhos.
E então? Como ficamos quando o chão se abre sob os nossos pés?
Descobrimos que infelizmente o controle não é todo nosso.
Aprendemos a suportar frustações, superar as perdas, vivenciar a tristeza e continuar nosso caminho.
Nos sentimos pequenos e indefesos sim, mas amadurecemos e crescemos como seres humanos.
A felicidade não é eterna, e sim momentânea, por isso quando ela chega devemos vivenciá-la, compartilhá-la, devorá-la.
A tristeza também é passageira, mas ela dói, machuca e demora a ir embora por vezes.
Porém, tudo isso faz parte da natureza humana e não estamos sozinho nessa.
Você pode pensar que sofre mais que o outro, mas não exite um medidor de agruras.
Por isso seja solidário com as dores alheias, mesmo que pareçam menores que as suas
Estamos todos no mesmo barco.
De alguma forma, nas mãos do destino...

Tree of Hope, Remain Strong - Frida Kahlo, 1946