terça-feira, 26 de julho de 2011

Tempo Modernos

Estamos vivendo na era digital, a informatização parece facilitar a vida, aproximar as pessoas, diminuir a distância entre os oceanos, basta clicar em um botão e tudo está resolvido.
Pessoas se relacionam via internet, os acontecimentos são noticiados pelos cinco continentes em segundos, e agora, até os livros são virtuais.
Tudo isso parece mágico, fácil e confortável.
Mas o que parece aproximar, pode muitas vezes afastar.
Todos estamos correndo sem parar, sem tempo para nada. Com certeza, toda essa tecnologia ajuda muito nas coisas práticas do dia a dia, mas o que realmente me preocupa são as relações humanas.
Pessoas não estão mais tão dispostas a se envolver como antigamente. Apressadas, parecem se contentar com conversas virtuais, em ver suas fotos e de seus amigos expostas em redes sociais e receber notícias por email.
Sinto saudades dos tempos em que se marcavam encontros nas tardes de sábado, das reuniões de família nos domingos e até dos telefonemas sem fim da adolescência.
Hoje em dia os jovens estão interligados ao mesmo tempo em vários canais de comunicação da web, mas emocionalmente vazios. Não se fazem mais amigos como antigamente, não se vive mais uma história de amor como nos velhos tempos.
A oportunidade de conhecer pessoas aumentou consideravelmente com o advento da internet, mas as relações duram pouco ou nem se estabelecem.
Parece existir um medo de entrega, um medo do comprometimento, um medo de viver as coisas reais e palpáveis da vida.
Espero que isso seja transitório e que seja uma adaptação aos novos tempos, que o ser humano não se perca em meio a cabos,  fios,  teclas e telas.
Que a simplicidade de um aperto de mão, de um olhar ou de um abraço verdadeiro sobreviva a toda essa virtualidade emocional.