terça-feira, 19 de julho de 2011

Minuit à Paris

Saí do filme de Woody Allen como quase sempre saio de seus filmes, refletindo sobre as coisas da vida e os sentimentos humanos.
Mas este particularmente, tinha algo de especial.
As primeiras cenas que mostram Paris foram filmadas cheias de afeto, com uma certa reverência à cidade, e eu, que cultivo  uma  paixão platônica por ela, de pronto já me rendi ao filme.
Diferente do protagonista que já havia passado pela cidade luz anteriormente, eu ainda não estive por lá, ainda...
Me identifiquei muito com o personagem principal, gostaria também de ter vivido na Paris dos anos 20, cheia de charme e vida, com seu cafés lotados de intelectuais e artistas... modernistas, surrealistas, cantores de jazz, a cidade nesta época era a vitrine do mundo.
E este, para mim foi o ponto principal do filme.
Quem já não se imaginou vivendo em outra época?
Já não afirmou: "Nasci na época errada.
Pois bem, é esta tal insatisfação humana que Allen retrata de uma forma leve e cômica em seu filme, diria até que poética e romântica.
Muito já experimente essa sensação também, querendo estar aqui ou ali, ainda sonho em morar em Paris, não na dos anos 20, infelizmente é impossível, mas é bom sonhar,  é de graça e é o elixir da eterna juventude.
Quem te um sonho, se sente mais vivo.
Vivo para acreditar nesse sonho e buscá-lo, incansavelmente.
Sou uma eterna sonhadora, apesar de ter passado por vários pesadelos na vida, voltei a sonhar.
E Paris está logo ali me esperando. 

A tout à l'heure Paris.

Thomas Kinkade - Paris anos 20