domingo, 3 de julho de 2011

Tormenta

Gustav Klimt


Será que vou sobreviver?
Será que vamos sobreviver?
A esse amor que nos consome.
A todas essas indecifráveis emoções.
Não sei...

Não estabelecemos regras e nem contratos.
Vamos vivendo a cada dia o que nos é apresentado.
Amar não é fácil.
Amar é um exercício diário.

E eu quero te amar, quero tua alma.
Mas mergulho em ti e não consigo te achar.
A água é turva.
Não consigo te enxergar.

Quando venho à superfície consigo te tocar.
Te provo, te vejo,  te sinto.
Mas na tua alma.
Não consigo penetrar.

És para mim um mistério, algo que não sei lidar.
E mesmo assim de ti, não quero me livrar.
Não quero te abandonar, não quero me abandonar.
Pois ainda tenho a esperança de te decifrar.

Desvendar teu corpo e tua alma.
E em ti me perder para depois me achar.
E ai sem mais mistérios.
Sem mais tormentas.
Só fazer te amar.