Atire a primeira pedra quem nunca mentiu, uma mentirinha pequena para se
livrar de alguma saia justa ou até uma grande mentira para evitar algo
que seria extremamente desagradável, ate aí, mesmo não sendo a coisa
mais ética do mundo vamos lá, faz parte da natureza humana, será? Apesar
daquele ditado popular que fala que a mentira tem perna curta todos nós
já buscamos refúgio nesse artifício, uns em nome do bem comum, outros
pensando no seu próprio umbigo, existe o mentiroso compulsivo que não
vive sem os floreios da mentira e o patológico onde mentir vira uma
doença da qual mesmo ele, querendo, não consegue se livrar, o que para
uns é exceção se torna regra, a mentira passa a ser um instinto como
comer, beber e dormir, o mentiroso acaba sendo sua própria vítima e em
algum momento da vida irá cair no descrédito geral e como diz um outro
ditado pode-se enganar a todos por um tempo, mas não se pode enganar a
todos o tempo todo. Se olharmos para o lado veremos que a mentira está
presente no nosso cotidiano como nas propagandas, nos discursos
escandalosos dos políticos e até na religião onde vemos pastores
descaradamente vendendo lugar no céu em troca de dinheiro, sendo pecado
ou não a mentira está aí seja para criar ilusões, melhorar a vida de
quem a proclama ou prejudicar a de quem é enganado, vou terminar aqui
com uma frase de um jornalista e escritor de quem gosto muito, Chico
Sá: “Mentir é editar a vida”, faz sentido, mas melhor é que isso não
caia no comum pois o improviso é muito mais excitante.