segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Fragmentos 5

Em busca de alguma paz tentava te apagar do meu corpo, esquecer teu gosto, expulsar da memória teu rosto na hora sublime do amor. Chega um momento que não se pode mais voltar atrás, o que está feito está feito, tanto o bem, quanto o mal, se é que existe este paradoxo quando se trata de amor. Somos subjugados ao tempo e ao destino, não nos pertencemos mais, não enxergamos quando queremos, somente quando podemos e ainda assim, muitas vezes, preferimos o conforto da cegueira, a doce ignorância, o falso ser, mesmo que isso não seja mais tão excitante. A angústia que nos persegue, a distância física, nosso amor lacônico, onde iremos parar? Ou melhor, quando iremos enxergar, eu não tenho medo da luz, mas da sombra que ela pode mostrar.