quinta-feira, 8 de novembro de 2012

fragamentos 7

Deixei todas as portas abertas para você entrar, no escuro tateava aquelas paredes marcadas pelo tempo que me diziam que ainda havia ali vida a pulsar, os vestígios do tempo não enganam e conseguem ser maravilhosamente lindos e docemente sutis, tirei o véu que cobria a janela e deixei o luar entrar, lua cheia invade o coração de quem sabe amar, nua sob aquela luz te esperei, o vento começou então a sobrar e cantou uma canção que me fez chorar, não, você não entrou, mesmo com as portas abertas, mesmo com aquele luar, então adormeci pra nunca mais acordar.