Eu me derretia em versos para tentar de gravar nas palavras.
Mas palavras são abstratas.
Na minha realidade concreta nunca te encontrava.
Sempre caía no vazio.
No vazio das coisas perdidas.
Vivia na ilusão da poesia.
Do poeta que inventa o amor.
Amor inventado.
Melhor viver de ilusão do que morrer na razão.
A razão que quase todo mundo conhece.
Ao menos a ilusão só a mim pertencia.
Então fingia que eras meu.